quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Mais de 200 policiais federais estão parados por 48h no Maranhão Ismael Araújo

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Mais de 200 policiais federais estão parados por 48h no Maranhão

Ismael Araújo
Publicação: 26/02/2014 07:56 Atualização: 26/02/2014 08:06

Reclamações da categoria foram escritas em elefante, que foi colocado na frente da sede da Polícia federal
Reclamações da categoria foram escritas em elefante, que foi colocado na frente da sede da Polícia federal
Mais de 200 policiais federais estão parados por 48h e apenas os serviços essenciais são mantidos nos postos de atendimentos. A categoria realiza “O Apagão da Polícia Federal” devido o sucateamento desse órgão federal, inclusive pedem modificações no modelo de investigação policial, que é datado de 1941 e, em virtude disso, nestes últimos três anos houve uma queda de 60,90% na quantidade de indiciamento feito pela PF.

Em São Luís, na sede da unidade dessa polícia, na Cohama, foi montada uma tenda e bem na frente havia um elefante branco. Nesse animal estavam escritas várias mensagens como, arquivamento, defasagem, sucateamento, prorrogação, 96% dos inquéritos parados e dentre outras. Como ainda a presença da categoria sentada e outros até mesmo jogando dominó, dama e outros jogos de lazer.

De acordo com um dos membros da comissão do movimento sindical da PF, Hans Nina, o protesto não tem nenhuma ligação pedindo aumento salarial apesar do último reajuste ocorreu há 7 anos e desde essa data não houve nenhum aumento no soldo dos escrivães e policiais federais. Na verdade, a movimentação visa chamar a atenção da sociedade e do poder público para o sucateamento da Polícia Federal, ou seja, da visível mudança do perfil e atuação dessa instituição federal. Anteriormente, ela chegou a desmantelar várias organizações criminosas por meio de operações e, no momento, o trabalho está restrito a captura de “mulas”, prisão de pequenos traficantes.

Ele também comentou que o elefante significa esse trabalho investigativo feito pela PF e, segundo o Mapa da Violência, 96% desse trabalho é arquivado, no entanto, fica sem valor jurídico. “A Lei do Código Penal diz que a investigação policial deve ser feita no prazo de 30 dias, mas, pode ser prorrogado e devido a isso há trabalhos que chegam a ter mais de cinco a dez anos. Após isso, para ter validade deve ser encaminhado para o Ministério Público e, só assim, segue para a Justiça. De fato é muita burocracia”, desabafou.

Já o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Maranhão, Ribamar Freire, falou que o Poder Público deve fazer várias modificações na Constituição para melhorar o serviço que é feito pelos policiais federais como ainda valorização desse profissional Atualmente, há no Congresso Federal uma emenda, a chamada PEC 51, que trata da aplicação da desmitarização da polícia, círculo completo da polícia, criação de uma polícia nacional e dentre outras vertentes, mas, sem previsão de entrar em pauta para ser discutida ou muito menos aprovada.

O presidente não deixou de comentar que no decorrer de 2010 a 2013, o número de indiciados pela PF, no Maranhão, caiu de 757 para 296. Uma porcentagem de diminuição superior a 60%. Em relação, apenas, ao crime de tráfico de drogas, o número de indiciados teve uma queda de 77 para 10. Um expressivo declínio acima de 87% na quantidade de pessoas que foram investigadas pelas unidades da PF, no estado, nessa modalidade de crime. “Enquanto, não tivemos uma posição dos nossos governantes, estaremos fazendo reivindicação como essa e está agendada uma outra manifestação para o mês de março”, informou.

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